Desing I
Conforme havia me proposto com a iniciativa de ter um espaço disponível para trocar informações, vou iniciar escrevendo sobre conceitos de Design e trazer para o conhecimento de vocês que nos acessam as discussões atuais que giram em torno do assunto Design.
Design I – Breve histórico e conceito
Historicamente o Design teve seu início com a Revolução Industrial no século XVIII , e se expandiu pelo mundo no século XIX, que tem como característica o gradativo término da era artesanal passando para a era industrial, com a inserção de máquinas e equipamentos que começam a substituir o trabalho manual (Schulmann,1991). Neste período surge a produção em série cuja inovação fundamental consiste em dissociar, na manufatura de um objeto, as operações de concepção do projeto das operações de fabricação, as duas operações eram feitas antes pelo mesmo individuo, o artesão.
Com a mudança de século, em 1919, surge na Alemanha a Escola BAUHAUS considerada o marco significativo para o ensino de design moderno. Os alunos criavam objetos de uso diário, como talheres, luminárias, cadeiras - que não apresentavam adornos em excesso que dificultassem a criação em série, sendo de fácil execução pela máquina, pregando o funcionalismo com a máxima: a forma segue a função.
As idéias e ideais da BAUHAUS deram origem à Hochschule für Gestaltung Ulm (Escola Superior da Forma de Ulm). Fundada em 1952 por Inge Scholl, Otl Aicher, Max Bill, durou até 1968.
A Escola Superior da Forma de ULM enfatizou a importância da técnica e da metodologia no Design.
Sobre a estrutura da Escola de ULM, baseou-se a ESDI, Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro, primeira escola de Design fundada na América Latina, em 1962.
Na década de 60, quando se começou a organizar o pensamento sobre Design no Brasil, na ESDI, utiliza-se a imagem de uma triângulo sobre o qual se apoiava a atividade Design, que partia dos dois princípios clássicos “Forma e Função”, acrescentando “Economia”, como um dado mais palpável.”(Joaquim Redig, Sobre Desenho Industrial, 1977).
Vale lembrar que a palavra Design deriva do latim designare, que não se traduz indiferentemente para designar ou desenhar e tem o sentido de designar, indicar, marcar, ordenar, regular (Mozota,2002).
A palavra Design não possui tradução para o português e compreende a noção de projeto em seu sentido mais amplo. Constitui a criação de um objeto e/ou de uma mensagem atendendo a fatores sociais, econômicos e estéticos que se refletem no projeto e no seu desenvolvimento.
Na década de 50, quando a atividade de Industrial Design passou a ser referida no Brasil, foi empregada a expressão desenho industrial como tradução direta ainda que não tenha representado fielmente a sua finalidade, fazia parte de um entendimento naquela época, principalmente no que se referia ao projeto de produtos industrializados. Este termo foi usado por várias décadas, nos cursos de formação superior tendo como distinções suas duas vertentes mais conhecidas: a gráfica e a de produto. A adoção do termo segundo Coelho (1999), foi devido a algum tipo de impedimento legal, para que uma instituição oficial utilizasse um nome em língua estrangeira.
Como sabemos por muito tempo Design esteve diretamente associado ao visual do produto relacionado à imagem, forma e estilo, sendo este um conceito superficial de Design.
Segundo tradução do original “The definition of Design” por João de Souza Leite (1997).
“Design é o processo de pensamento que compreende a criação de alguma coisa.”
Qualquer coisa pode ser projetada, ou seja, pode ser criada a partir de uma intenção ou propósito. O total processo de pensamento que cadencia a criação daquela coisa, o processo que lhe dá forma, seja ela física, temporal, conceitual ou relacional é design.
Assim sendo passamos a perceber o Design em um âmbito maior, onde a necessidade do emprego do Design, que deixa de ser visto apenas como adição a estética externa, busca de forma concreta o desenvolvimento consciente de projetos em toda a sua complexidade.
Assunto do qual tratarei em Design II.
Referências bibliográficas:
Martins, Rosane Fonseca de Freitas; Merino,Eugenio Andrés Diaz. Gestão de Design como estratégia organizacional. Londrina: EDUEL, 2008.
Pires, Dorotéia Baduy (org).Barueri, SP:Estação das Letras e Cores Editora, 2008.
Bastos, Roberto – Apostila Gestão de Projetos em Design; Curso de Gestão do Design - RGD – Rede Gaúcha de Design – Caxias do Sul, 2007.
Esse vídeo que postamos apresenta os passos do desenvolvimento de um projeto de design, está disponivel no you tube porém sem áudio, para acessar o vídeo original para download, acesse o link no site da RGD Desing: http://www.rgd.org.br/produtos_video.asp
Design I – Breve histórico e conceito
Historicamente o Design teve seu início com a Revolução Industrial no século XVIII , e se expandiu pelo mundo no século XIX, que tem como característica o gradativo término da era artesanal passando para a era industrial, com a inserção de máquinas e equipamentos que começam a substituir o trabalho manual (Schulmann,1991). Neste período surge a produção em série cuja inovação fundamental consiste em dissociar, na manufatura de um objeto, as operações de concepção do projeto das operações de fabricação, as duas operações eram feitas antes pelo mesmo individuo, o artesão.
Com a mudança de século, em 1919, surge na Alemanha a Escola BAUHAUS considerada o marco significativo para o ensino de design moderno. Os alunos criavam objetos de uso diário, como talheres, luminárias, cadeiras - que não apresentavam adornos em excesso que dificultassem a criação em série, sendo de fácil execução pela máquina, pregando o funcionalismo com a máxima: a forma segue a função.
As idéias e ideais da BAUHAUS deram origem à Hochschule für Gestaltung Ulm (Escola Superior da Forma de Ulm). Fundada em 1952 por Inge Scholl, Otl Aicher, Max Bill, durou até 1968.
A Escola Superior da Forma de ULM enfatizou a importância da técnica e da metodologia no Design.
Sobre a estrutura da Escola de ULM, baseou-se a ESDI, Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro, primeira escola de Design fundada na América Latina, em 1962.
Na década de 60, quando se começou a organizar o pensamento sobre Design no Brasil, na ESDI, utiliza-se a imagem de uma triângulo sobre o qual se apoiava a atividade Design, que partia dos dois princípios clássicos “Forma e Função”, acrescentando “Economia”, como um dado mais palpável.”(Joaquim Redig, Sobre Desenho Industrial, 1977).
Vale lembrar que a palavra Design deriva do latim designare, que não se traduz indiferentemente para designar ou desenhar e tem o sentido de designar, indicar, marcar, ordenar, regular (Mozota,2002).
A palavra Design não possui tradução para o português e compreende a noção de projeto em seu sentido mais amplo. Constitui a criação de um objeto e/ou de uma mensagem atendendo a fatores sociais, econômicos e estéticos que se refletem no projeto e no seu desenvolvimento.
Na década de 50, quando a atividade de Industrial Design passou a ser referida no Brasil, foi empregada a expressão desenho industrial como tradução direta ainda que não tenha representado fielmente a sua finalidade, fazia parte de um entendimento naquela época, principalmente no que se referia ao projeto de produtos industrializados. Este termo foi usado por várias décadas, nos cursos de formação superior tendo como distinções suas duas vertentes mais conhecidas: a gráfica e a de produto. A adoção do termo segundo Coelho (1999), foi devido a algum tipo de impedimento legal, para que uma instituição oficial utilizasse um nome em língua estrangeira.
Como sabemos por muito tempo Design esteve diretamente associado ao visual do produto relacionado à imagem, forma e estilo, sendo este um conceito superficial de Design.
Segundo tradução do original “The definition of Design” por João de Souza Leite (1997).
“Design é o processo de pensamento que compreende a criação de alguma coisa.”
Qualquer coisa pode ser projetada, ou seja, pode ser criada a partir de uma intenção ou propósito. O total processo de pensamento que cadencia a criação daquela coisa, o processo que lhe dá forma, seja ela física, temporal, conceitual ou relacional é design.
Assim sendo passamos a perceber o Design em um âmbito maior, onde a necessidade do emprego do Design, que deixa de ser visto apenas como adição a estética externa, busca de forma concreta o desenvolvimento consciente de projetos em toda a sua complexidade.
Assunto do qual tratarei em Design II.
Referências bibliográficas:
Martins, Rosane Fonseca de Freitas; Merino,Eugenio Andrés Diaz. Gestão de Design como estratégia organizacional. Londrina: EDUEL, 2008.
Pires, Dorotéia Baduy (org).Barueri, SP:Estação das Letras e Cores Editora, 2008.
Bastos, Roberto – Apostila Gestão de Projetos em Design; Curso de Gestão do Design - RGD – Rede Gaúcha de Design – Caxias do Sul, 2007.
Esse vídeo que postamos apresenta os passos do desenvolvimento de um projeto de design, está disponivel no you tube porém sem áudio, para acessar o vídeo original para download, acesse o link no site da RGD Desing: http://www.rgd.org.br/produtos_video.asp
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